A Justiça condenou Jonathan Aparecido Gonçalves Aguiar a 12 anos e dois meses de prisão, em regime inicial fechado, pelo crime de roubo majorado contra a empresária Juliana Ribeiro Pereira.
O caso ocorreu em julho de 2021. Na ocasião, Jonathan e um comparsa invadiram a loja da empresária, a Luxus Moda Praia, no Centro de Cuiabá, e a agrediram fisicamente.
Os bandidos levaram cerca de R$ 5 mil e o veículo da empresária. Toda a ação foi filmada por câmeras de segurança.
A decisão é assinada pelo juiz Wladymir Perri, da 3ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada nesta semana. Na mesma decisão, o magistrado negou que o acusado responda o crime em liberdade e manteve a sua prisão.
O comparsa de Jonathan, Gabriel Rodrigues da Silva, será julgado em um processo separado.
Aliás, não vi nenhuma outra fonte de investigação que levasse à outra pessoa e, quiçá, assim não houve, porque com a divulgação da matéria na imprensa, surgiu outras pessoas do relacionamento do acusado que o reconheceram
Na decisão, o juiz afirmou que Jonathan foi reconhecido como um dos autores do crime por pessoas do seu próprio convívio, através das imagens divulgadas pela imprensa.
O magistrado rebateu os argumentos da defesa que, ao tentar justificar a inocência do acusado, alegou imparcialidade no reconhecimento por parte da ex-namorada dele como um dos autores do crime.
“Ao contrário da visão da defesa, não é porque a relação de ambos terminaram de forma conturbada, bem como o fato de registrar a ocorrência de um crime de violência doméstica pela testemunha contra o réu, é que o crime deixou de ocorrer, ou então, de que não tenha sido praticado pelo acusado e, ainda, que isso poderia lhe impedir de reconhecê-lo”, diz trecho da decisão.
“Aliás, não vi nenhuma outra fonte de investigação que levasse à outra pessoa e, quiçá, assim não houve, porque com a divulgação da matéria na imprensa, surgiu outras pessoas do relacionamento do acusado que o reconheceram”, aponta.
“Essa é a finalidade da divulgação da matéria no meio jornalístico, ou seja, se divulga justamente para que alguém venha poder reconhecer o algoz da vítima, ou seja, a pessoa de brutal comportamento agressivo e violento contra a vítima, cujo acabou culminando no reconhecimento do imputado como autor do crime em questão”, diz outro trecho da decisão.
O caso
O crime ocorreu no dia 16 de julho de 2021.
As imagens mostram que um dos assaltantes entra na loja se passando por cliente e chega a olhar algumas peças de biquíni.
Em seguida, o homem anuncia o assalto e o seu comparsa entra no local.
A empresária contou que os criminosos tentaram pegar o aplicativo de seu celular para fazer transferências de valores. Como não conseguiram, começaram a agredi-la fisicamente.
O carro de Juliana foi recuperado pela Polícia. Jonatham foi preso 15 dias depois do fato. Já Gabriel continua foragido.
Fonte: Mídia News