Cartões de ônibus de Cuiabá e Várzea Grande são recolhidos para evitar descarte irregular

Eles demoram 500 anos para se decompor. O descarte incorreto dos cartões de recarga podem ocasionar um período maior de degradação do material no solo.

Os cartões de ônibus de Cuiabá e Várzea Grande demoram cerca de 500 anos para se decompor. De acordo com a Associação mato-grossense de Transportadores Urbanos (MTU), desde 2016, na região metropolitana já foram distribuídos 1,9 milhões de cartões.

Para evitar o descarte irregular, os cartões de recarga de crédito podem ser descartados em pontos de ônibus ou cabines de recarga, que fazem o descarte correto dos materiais. Em lixo comum, eles podem ocasionar um período maior de degradação do material, além da possível contaminação do solo.

Em 2021 foram distribuídos cerca de 150 mil cartões e este ano a média é de 15 mil cartões por mês, segundo o MTU. Os cartões têm durabilidade de cinco anos e podem ser reutilizados para recarga de novos créditos sem precisar adquirir um novo.

Eles são feitos de materiais como o plástico PVC, poliéster, policarbonato e ABS, que demoram para se decompor no ambiente, mas podem ser recicláveis.

Já a parte magnética é feita a partir de pequenas barras plásticas à base de ferro.

De acordo com o MTU, 190 mil passageiros utilizam, diariamente, as linhas de ônibus urbanos na região metropolitana de Cuiabá.

Degradação do plástico

O plástico é tão durável que a maior parte do que foi criado ainda está presente no ecossistema. A reciclagem eficiente do plástico por meios convencionais ainda é difícil, e apenas 9% de todo o plástico já produzido foi reciclado em plásticos novos.

Todos os anos, mais de 380 milhões de toneladas de plástico são produzidas em todo o mundo.

Apenas 16% dos resíduos plásticos são reciclados para fazer novos plásticos, enquanto 40% são enviados para aterros sanitários, 25% para incineração e 19% são descartados no meio ambiente.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os plásticos podem levar de 200 a 600 anos para se decomporem na natureza completamente.


Fonte: G1 MT

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