O governador Mauro Mendes (União) atribuiu o crescimento de invasão de terras ao retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República. Em entrevista à Rádio Bandeirantes nas primeiras horas desta terça-feira (14), o chefe do Executivo pontuou que, embora não haja uma defesa por parte do petista, o movimento sempre esteve ligado à esquerda e ao Partido dos Trabalhadores (PT).
“Essa questão da invasão de terras no Brasil é algo que já acontece há muito tempo. Isso deu uma freada nos últimos anos e parece-me que agora houve uma tendência natural desses movimentos quererem se fortalecer. Historicamente isso esteve ligado à esquerda da política brasileira e com ascensão do Partido dos Trabalhadores (PT) isso volta a ganhar força. No entanto, precisamos ser justos, eu nunca vi por parte do presidente Lula ou alguém expressivo dentro do governo qualquer defesa nesse sentido, mas percebe-se uma retomada disso”, disse ao expressar um sorriso de canto de boca.
A declaração ocorre após o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadir três propriedades rurais da empresa Suzano Papel e Celulose, localizadas nos municípios de Mucuri, Teixeira de Freitas e Caravelas, no sul da Bahia.
Um outro movimento social chamado Frente Nacional de Luta Campo e Cidade também invadiu propriedades rurais no interior de São Paulo. Na última semana, Mendes se reuniu com representantes do setor produtivo, que demonstraram preocupação com a escalada de invasão e como isso pode afetar Mato Grosso.
Por sua vez, o gestor reiterou que as forças policiais adotarão uma política de tolerância zero em relação ao tema.
“Aqui em Mato Grosso nós demos um recado claro que nós teremos tolerância zero para esse tipo de criminalidade, como deve ser no Estado brasileiro. A polícia está muito organizada e nós temos um plano estratégico para atuar junto com os produtores e evitar que esse crime aconteça”, disse.
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