Operação da Polícia Civil prende 3 secretários de prefeitura no interior de MT

Da Redação

 

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Ribeirão Cascalheira, deflagrou na manhã desta quinta-feira (27), a segunda fase da Operação Tanque Cheio para cumprimento de 12 ordens judiciais tendo como alvos funcionários da Prefeitura, além de secretários do município e o presidente da Câmara de Vereadores.

A segunda fase da operação deu cumprimento a cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão contra os investigados. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Única de Ribeirão Cascalheira, após representação da Polícia Civil, com parecer parcialmente favorável do Ministério Público.

As prisões preventivas têm como alvos os secretários Vilson de Assis Caiado (Finanças), Luciano Nunes Brandão (Obras), respectivamente marido e irmão da prefeita Luzia Nunes Brandão, o secretário de Saúde Fausto Francisco de Oliveira, o responsável pelo abastecimento dos veículos da Prefeitura (outro irmão da prefeita) e o chefe do Departamento de Compras. Todos estão afastados cautelarmente dos cargos.

O presidente da Câmara dos Vereadores, Paulo Schuh, que também afastado cautelarmente, e um funcionário da secretaria de Saúde também foram alvos de mandados de buscas e apreensões.

Após a deflagração da primeira fase da operação, em março deste ano, foram reunidos elementos indicativos de que os suspeitos tentavam destruir provas, uma vez que, com exceção do presidente da Câmara, os demais trocaram os aparelhos celulares e os respectivos chips telefônicos dias antes da operação. Durante as investigações também foi demonstrado que os suspeitos estavam empregando esforços para influenciar e, até mesmo, coagir testemunhas.

O delegado responsável pelas investigações, Flávio Leonardo Santana Silva, explica que além do esquema de desvio de combustível e emprego de maquinário da Prefeitura em propriedade privada, as investigações apontam outros crimes supostamente praticados contra o município, como compras particulares de material de construção e até em supermercado em nome da Prefeitura.

“As informações levantadas apontam que foram construídas casas com material desviado da Prefeitura, a mão de obra foi paga com combustível desviado e prestação de serviço com maquinário da Prefeitura na propriedade do responsável pela obra”, disse o delegado.

Os suspeitos seguem preso, em cumprimento ao mandado de prisão preventiva e serão encaminhados para o Presídio de Água Boa.

Fonte: Muvuca Popular