No cenário da conservação ambiental, a atenção voltada para o plantio de mudas nativas se destaca como uma das estratégias vitais para a restauração de ecossistemas degradados. Na região de Barra do Garças, uma atividade de monitoramento minuciosa vem sendo realizada no entorno do Córrego Fundo, com o objetivo de avaliar o sucesso do plantio realizado na última estação de chuvas e, assim, tomar decisões fundamentais para a preservação do meio ambiente.
De acordo com coordenador do projeto, Clodoaldo Queiroz, as áreas selecionadas para o plantio provém do diagnóstico ambiental realizada pela equipe técnica que identificou principalmente as faixas de APP’s (Áreas de Preservação Permanente) degradadas, junto ao córrego principal e seus tributários. Na sequência, foi definido o quantitativo de áreas e providenciado o apoio no cercamento. “ O plantio ocorre para favorecer a formação dos corredores ecológicos para a conservação da biodiversidade e o incentivo ao adensamento florestal com o uso de espécies nativas da região, e consequentemente, apoio na regularização das propriedades rurais”, pontou Clodoaldo.
A ação integra o Projeto de Revitalização da Bacia Hidrográfica dos Afluentes do Rio Araguaia, é coordenada pela equipe do Comitê de Bacias Hidrográficas (CBH) e Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP) e tem como meta primordial quantificar as mudas nativas nas áreas em processo de recuperação. Este processo de avaliação permite calcular o percentual de mudas que vingaram em cada perímetro, um indicador crucial para determinar a necessidade de replantio em determinadas áreas. “O monitoramento é um passo essencial na restauração de ecossistemas. Ele nos fornece dados precisos sobre o sucesso do plantio e nos ajuda a entender quais medidas devem ser tomadas para maximizar os resultados”, explica o Engenheiro Florestal Kaiqui Rodrigues, consultor do projeto.
Além da contagem das mudas, a equipe realiza uma avaliação das condições das áreas em recuperação. Isso inclui a necessidade de manutenção, como a roçada e capina, o coroamento das mudas, o combate a plantas invasoras e a contenção de formigas-cortadeiras, dentre outras atividades. “Não basta apenas plantar as mudas e esperar que cresçam. É preciso um acompanhamento constante para garantir que as condições ideais sejam mantidas para o desenvolvimento saudável das plantas”, destaca Kaiqui Rodrigues.
Os dados coletados durante o processo de monitoramento serão essenciais para a tomada de decisões futuras. Eles irão influenciar diretamente no planejamento e na execução de ações de conservação e restauração ambiental na região. “O sucesso do plantio não é apenas um indicador de nosso compromisso com a preservação, mas também uma promessa para as gerações futuras. Estamos comprometidos em assegurar que esses ecossistemas se recuperem e prosperem”, conclui.
Com a realização desta atividade de monitoramento, o Projeto de Revitalização do Córrego Fundo dá um passo significativo em direção à preservação e restauração de ecossistemas, reforçando a importância do comprometimento e do cuidado contínuo para com o meio ambiente. O futuro da região e do planeta depende do sucesso desses esforços.
Fonte: Gazeta Digital