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O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) reabriu, após a suspensão parcial, 10 leitos Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e outros 10 da UTI Neonatal da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis (212 km ao Sul). A interdição ética aplicada aos setores, desde segunda-feira (11) foi em virtude de 4 meses de atraso nos salários e falta de descanso aos profissionais. O hospital, que atente 19 municípios, seguirá sob supervisão do Conselho e terá 20 dias para atender as demais inconformidades encontradas.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) se comprometeu a garantir o pagamento dos profissionais que atuarão nas UTIs. Uma escala dos trabalhadores também foi apresentada e acatada pelo CRM-MT em reunião extraordinária, realizada nesta quinta-feira (14). Os conselheiros constaram que a proposta da SMS atende parcialmente o que é determinado pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
O presidente do CRM-MT, Diogo Sampaio, aponta que as medidas apresentadas cumprem os requisitos de forma provisória.
“Estamos sensibilizados com os reflexos da interdição para a população que precisa dos serviços da Santa Casa, buscamos tanto a SMS quanto a Secretaria de Estado de Saúde (SES) para encontrarmos uma solução. Diante do que nos foi apresentado, entendemos que estes 20 leitos podem ser reabertos de forma provisória”, pontua o médico.
O presidente também destaca que ainda há outros critérios que devem ser resolvidos e que a escala apresentada ainda a alguns problemas. Entre eles, nem todos os profissionais da escala possui especialização em pediatria, requisito mínimo, conforme resolução do Conselho Federal de medicina (CFM).
“Por isso, demos um prazo de 20 dias para que esta situação seja regularizada, além é claro das demais inconformidades. O Alojamento e a Sala de Parto, por exemplo, seguem sob interdição ética. O CRM fará uma supervisão constante do cumprimento desta escala apresentada e pode reverter esta suspensão em caso de descumprimento”, esclarece.
O presidente também destacou a motivação da interdição, “Vale destacar que outros setores da Santa Casa já comunicaram a suspensão dos atendimentos por conta dos atrasos constantes nos pagamentos, mesmo com a Prefeitura de Rondonópolis afirmando que está em dia com os repasses”, observou Sampaio.
