Precariedade afeta tratamentos odontológicos em Cuiabá

Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: João Vieira

Pacientes que precisam de acompanhamento odontológico em Cuiabá sofrem com a demora para atendimento. Muitas unidades de saúde suspenderam os atendimentos e outras funcionam de maneira precária, com capacidade reduzida.

Estrutura precária, cadeiras odontológicas quebradas e equipamentos antigos, com defeitos, são alguns dos apontamentos. Essa semana, o Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT) apresentou um relatório à secretária municipal de Saúde, Lúcia Helena Sampaio, apontando inúmeros problemas que comprometem a qualidade dos serviços oferecidos à população. O conselho realizou uma fiscalização em 57 unidades, entre os dias 6 e 17 de janeiro.

Entre os principais problemas elencados no relatório estão a falta de alvarás de funcionamento do Corpo de Bombeiros e sanitário, ausência de programa de controle da qualidade da água, consultórios subdimensionados e sem torneiras, infraestrutura comprometida com goteiras, mofo, pinturas descascadas e infiltrações, ausência de raio-X em algumas unidades, além da falta de manutenção preventiva para cadeiras odontológicas, ar-condicionado, compressores, autoclaves e bombas a vácuo, que estão inoperantes ou parcialmente instaladas em algumas unidades, além de muitos outros problemas.

Clínica Odontológica do CPA 3 está entre as unidades mais críticas, com 100% dos atendimentos paralisados desde o dia 10 de janeiro, em decorrência do compressor de ar não funcionar. A responsável técnica da unidade, Marcela Castelo Branco, explica que uma média de 40 atendimentos ao dia foi suspensa. Temos 8 cadeiras, deste total, somente 5 não apresentavam problemas e eram utilizadas, mas depois que o compressor de ar estragou, não foi realizada a manutenção e, com isso, foram interrompidos todos os serviços odontológicos.

Mesmo problema ocorre na Clínica Odontológica do Verdão. O compressor de ar não funciona e a responsável técnica da unidade, Sinara Zeide, explica que mais de 800 pessoas agendadas tiveram os atendimentos suspensos. Fazemos o acolhimento dos pacientes e pedimos para aguardar até que o problema seja resolvido. Em alguns casos, receitamos medicamentos para dor.