O governador Mauro Mendes (DEM) confirmou que vai se reunir nesta quarta-feira (5) com policiais penais, que em dezembro iniciaram uma greve por melhores salários. Segundo o chefe do Executivo estadual, a negociação deve partir “do zero”.
A decisão de se reunir com a classe ocorreu após os policiais penais suspenderem a paralisação, durante uma assembleia realizada na segunda-feira (3). Já na manhã de hoje os serviços foram reestabelecidos nos presídios do Estado.
A suspensão da greve foi justamente para conseguir uma agenda com o governador a fim de negociar a pauta da categoria, que pede valorização profissional e reajuste, com recomposição salarial dos últimos 10 anos, e equiparação da remuneração às demais polícias que compõem a Segurança Pública do Estado (Civil e Militar).
Amanhã tem uma reunião com eles. O Governo fez uma proposta e eles recusaram, nós falamos para eles que se eles entrassem em greve ia começar tudo do zero e é provavelmente isso que vai acontecer.
“Amanhã tem uma reunião com eles. O Governo fez uma proposta e eles recusaram. Nós falamos para eles que se eles entrassem em greve, ia começar tudo do zero e é provavelmente isso que vai acontecer”, disse Mendes.
O governador ainda reforçou que os policiais penais tinham ciência de que qualquer proposta anterior seria desfeita caso eles continuassem com greve, e foi o que ocorreu.
Além disso, Mendes voltou a afirmar que a classe será responsabilizada por ter descumprido as ordens judiciais e por qualquer efeito negativo que a greve possa levar ao sistema prisional do Estado, entre eles eventuais rebeliões.
“O Judiciário já declarou a greve ilegal, já determinou uma série de punições pelo descumprimento da decisão. Então o Governo não tem mais nada para falar sobre isso”, disse.
“Se tem uma decisão judicial a ser cumprida e você não cumpre, você vai ser responsabilizado. Eu posso ser, qualquer um pode”, acrescentou.
Queda de braço
Na semana passada, o Governo do Estado chegou a afirmar que está analisando a possibilidade de realizar um processo seletivo para contratar pessoal e substituir os policiais penais em greve, como forma de manter os serviços nas unidades prisionais.
A categoria é composta atualmente por cerca de 2,8 mil profissionais.
Com a decisão pelo fim da greve, Mendes ainda não voltou a falar sobre a ideia proposta.
Fonte: Mídia News